segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Período Interbíblico - O momento que Deus se calou

O período interbíblico começa no intervalo entre os livros de Malaquias e Mateus.
Esse evento na história de Israel é marcado dessa forma devido o grande silêncio de Deus que ocorreu 400 anos antes a.C.
Por causa da arrogância, altivez e idolatria da parte do povo de Israel o Criador resolveu parar de falar àquela casa rebelde.
Da mesma forma que aconteceu quando Jacó e toda a sua família resolveram descer ao Egito. Chegando lá o povo se encurvou diante dos ídolos daquele lugar e o Senhor resolveu ficar em silêncio com eles.
Este silêncio da parte de Deus durou 430 anos que foram de sofrimento, escravidão e várias outras coisas terríveis que oprimiam o povo de Deus.
Este silêncio só foi quebrado quando houve o arrependimento do povo e começaram a se lembrar do Senhor. Aí a bíblia diz que as orações começaram a subir diante do Trono de Deus e, automaticamente, Ele se lembrou do seu povo. Êxodo cap:3 vs:7 "E disse o Senhor: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores."
Isso ocorreu não foram nem uma ou duas vezes com a nação de Israel, mas sim, várias vezes.
Como nos diz o texto registrado em Juízes cap:3 vv: 6-11 "Tomaram de suas filhas para si por mulheres, e deram as suas filhas aos filhos deles; e serviram aos seus deuses.
E os filhos de Israel fizeram o que era mau aos olhos do Senhor, e se esqueceram do Senhor seu Deus; e serviram aos baalins e a Astarote.
Então a ira do SENHOR se acendeu contra Israel, e ele os vendeu na mão de Cusã-Risataim, rei da mesopotâmia; e os filhos de Israel serviram a Cusã-Risataim oito anos.
E os filhos de Israel clamaram ao Senhor, e o Senhor levantou-lhes um libertador, que os libertou: Otniel, filho de Quenaz, irmão de Calebe, mais novo do que ele.
E veio sobre ele o Espírito do Senhor, e julgou a Israel, e saiu à peleja; e o Senhor entregou na sua mão a Cusã-Risataim, rei da Síria; contra o qual prevaleceu a sua mão.
Então a terra sossegou quarenta anos; e Otniel, filho de Quenaz, faleceu.", Juízes cap:3 ver:12-15 "Porém os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau aos olhos do Senhor; então o Senhor fortaleceu a Eglom, rei dos moabitas, contra Israel; porquanto fizeram o que era mau aos olhos do Senhor.
E reuniu consigo os filhos de Amom e os amalequitas, e foi, e feriu a Israel, e tomaram a cidade das palmeiras.
E os filhos de Israel serviram a Eglom, rei dos moabitas, dezoito anos.
Então os filhos de Israel clamaram ao Senhor, e o Senhor lhes levantou um libertador, a Eúde, filho de Gera, filho de Jemim, homem canhoto. E os filhos de Israel enviaram pela sua mão um presente a Eglom, rei dos moabitas."
Poderia citar várias passagens bíblicas usando somente o livro de Juízes mas não haveria espaço, porém, vemos que antes de ocorrer o período interbíblico onde o Senhor decide emudecer com o seu povo, já havia ocorrido várias vezes lá trás.
Pois se repararmos, o Criador embora ficasse em silêncio todas as vezes que passavam por privações o Espírito do Senhor sempre levantava alguém para livrar aquele povo rebelde.
Eles se encurvavam diante de outros ídolos, passavam por adversidades mas o Senhor levantava sempre um juiz ou profeta para livra-los.
Mas quando chega a vez de Malaquias o Senhor levanta este profeta e quando passa o tempo de seu ministério Deus faz algo que nunca fez em toda a história de Israel: decide se calar por um tempo indeterminado.
Nada do que acontecia com aquele povo escolhido parecia importar a Deus.
Parecia que Deus estava sentado em seu escritório celestial, abriu a gaveta e colocou o seu povo escolhido lá dentro.
O povo clamava e Deus não os atendida, eles sofriam e parecia que o Senhor não estava os vendo.
400 anos sem ver, sem sentir ou ouvir a voz de Deus, tudo isso por que o Seu povo decidiu deixar os Seus preceitos e escolheram não ouvir a voz de Deus.
Embora não estejamos vivendo no Antigo Testamento, isso também pode ocorrer conosco se escolhermos negligenciar a voz de Deus e endurecer os nossos corações.

Agindo por impulso e falando sem pensar

A coisa mais difícil do mundo é dizer pensando o que os outros dizem sem pensar. Uma verdade indiscutível. Deus nos deu dois ouvidos e uma boca, para ouvirmos mais e falarmos menos. O ser humano sempre expõe o que pensa, geralmente de modo prematuro, sem avaliar e filtrar o que convém e o que não convém.
O silêncio sempre teve sua supremacia sobre a fala, principalmente quando esta é demasiada e impensada. Costumamos dizer que somos senhores das palavras que não pronunciamos, nos contemos de falar, e escravos daquelas que deixamos escapar. Também que uma palavra falada não volta atrás... remorso, arrependimento! De acordo com o seu valor, impacto ou seriedade, prestaremos conta da mesma, em geral com um preço a ser pago. Muitas batalhas, no entanto, são vencidas na arena do silêncio. Ser recipiente, saber se conter em um ambiente tenso, mesclado com a vontade e determinação de ser bem sucedido no que se pleiteia, não é uma tarefa fácil, mas é possível. Dar ouvidos é melhor que discursar. Ser tardio pra falar e cedo pra ouvir é a recomendação bíblica para se adquirir sabedoria. Jesus sabia (e ensinou) o momento de se calar e o momento de falar, mesmo sendo o Mestre dos mestres. Ser líder ou mestre não se mostra tanto no falar, mas principalmente no ouvir, quando pela lógica poderíamos falar. No nosso silêncio guardamos coisas que outras pessoas dariam muito pra descobrir. A bíblia diz que a glória dos homens é divulgar o que sabem, enquanto a glória de Deus, naquilo que oculta. Isso é um paradoxo para o homem comum. Se não aprendemos a ouvir, nos comprometemos, somos muitas vezes expostos ao ridículo e reputados por tolos, pois no livro de

Provérbios há uma multidão de antíteses protagonizada pela pessoa do tolo e do sábio; o tolo, falador e tagarela; o sábio, contido, limitado no falar e atento. Na multidão de palavras tropeçamos, mas na de conselhos, temos sabedoria. Não é fácil pedirmos conselhos, (mas é bíblico) e quão bom seria se pudéssemos definir tudo sozinhos, para não dividirmos os aplausos com outros quando correr tudo bem. Mas não é assim. Como é você nesse quesito? Aprenda que no seu silêncio ou no pouco falar há valores e resultados positivos, pois uma palavra falada fora de hora e em lugar impróprio tem potencial um tanto negativo e poder pra arruinar muitas coisas. Saber ouvir é uma virtude. Consulte o manual do sábio, a bíblia, coloque em prática e verá os resultados positivos na sua vida.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

É pecado ouvir música secular?

     
Vemos que há muitas restrições por parte dos evangélicos em relação às vestimentas, à musicalidade, à algumas práticas, causando um certo padrão de regras para coisas do tipo. Separando totalmente na imaginação o que é profano do que é sagrado, o que é do diabo do que agrada a Deus.
No capítulo anterior vimos essa separação entre o que é sagrado do que é secular, e que essa divisão não deve fazer parte de nossa vida.
Foi focalizado esse assunto em relação à vida profissional, escolar e familiar.
Agora quero chamar atenção para outros elementos como já citado acima. A MÚSICA: devido a essa divisão secular/sagrado, em nossa cultura brasileira atualmente é feito essa separação também na música por parte dos evangélicos. Está em nisso imaginário essa diferença entre o que são músicas de Deus e o que não são, e assim também excluímos alguns ritmos dizendo serem malignos simplesmente porque não nos agrada ou porque aprendemos assim.
O livro de João capítulo 1 diz que Deus criou todas as coisas e sem
Ele nada do foi feito viria a existir, ou seja, a música é produto da criação de Deus assim como todas as coisas, o que também é relatado no livros de Gênesis 1 quando diz que após criar todas as coisas Deus olhou e viu que tudo era bom, e que tudo junto era muito bom. Vimos que com a entrada do pecado no mundo a criação de Deus foi afetada, e que algumas coisas que eram boas se tornaram ruins, mas é preciso alertar que nem tudo ficou ruim pois Deus criador dotou o homem de uma graça que mesmo Ele estando longe de Deus e rebelando-se contra Ele, o homem contém coisas boas vindas da parte de Deus, e isso nós chamamos de graça comum, ou seja, que mesmo a criação sendo afetada pelo pecado, ainda existe uma graça em que todos participam e isso é presente de Deus.
Mateus 33 diz que a chuva cai e o sol nasce para o justo e para o injusto. Coisas como essa são presentes dados pela graça comum de Deus que abrange todos os seres humanos. O dom da música também é evidência da graça comum de Deus. A música é algo que mexe com as emoções do homem, capaz de fazê-lo modificar suas atitudes, de melhorar seu intelecto e até de fazê-lo apaixonar-se, uma pessoa ainda que não seja membro do corpo de Cristo, mesmo que não faça parte da igreja de Cristo e ainda que esteja se rebelando contra Deus por conta do seu pecado, continua a ser capaz de produzir música de cantar lindas letras que muitas vezes traz uma boa mensagem que modifiquem o comportamento mal de alguém, que seja uma consolação no momento de tristeza, ou que seja um incentivo em meio a uma luta, e que de fato edificam, mesmo que essa pessoa não seja um Cristão. Então porque isso acontece? Como alguém ruim pode produzir algo bom? Como um não convertido pode criar músicas que edificam nossas vidas?
A resposta é simples, porque todas as pessoas usufruem da graça comum de Deus, ou seja, toda a criação de Deus pode fluir coisas boas porque ainda que não esteja em comunhão com Deus, há traços bons vindos de Deus.
Precisamos entender que essa separação entre musica secular e música sagrada é invenção humana e não há na bíblia essa separação. No Brasil isso é tão presente que durante o tempo foi se formando o mercado de músicas Gospel, músicas que são produzidas somente por membros de igrejas, e que o mercado foi crescendo tanto a ponto de tornar os cantores gospel corruptos, se intitulando artistas, criando músicas que agradam ao homem, que colocam o homem como centro de tudo, e principalmente, que dê dinheiro, que de fato de edificante não tem nada.
Surgiram os famosos shows gospel que custam até milhões de reais, tudo isso em nome de Deus, um verdadeiro amor ao materialismo, aos bens desta terra, uma verdadeira idolatria a Mamon, deus do dinheiro, uma corrupção na nossa fé cristã e no nosso ensino. Essa separação definitivamente não existe. Nem toda música é cristã só porque aqueles que se dizem crentes cantam, e nem toda música é profana só porque os que as cantam são pessoas sem comunhão com Deus. Tudo depende da letra, da edificação que ela traz. Também não há ritmos preferidos de Deus escrito na bíblia. O ritmo se altera de acordo com a cultura de cada povo. Ritmo é uma produção cultural. Por fim concluo que, se te edifica, então ouça; se te traz pensamentos bons, se te faz mudar seu caráter para melhor e te faz refletir sobre a vida e criação de Deus, então faça, mas se não, então escute o conselho do apóstolo Paulo, “tudo me é lícito, más nem tudo me edifica” 1º Cor 6;12.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Fuja da comercialização Gospel

Chegou o dia... Eu comemoro com louvor o dia em que "apresentar-se" como evangélico não faz mais a mínima diferença.
Uma análise sociológica séria ensina que todo movimento, quanto mais cresce, mais plural se torna. Mais distante fica de seu ideal primeiro, original. Num país com mais de 40 milhões de evangélicos, há aberrações de todos os tipos; pessoas de todas as classes sociais e com os mais diversificados interesses; bizarrices endossadas no discurso religioso; promessas que o Cristo da Bíblia nunca fez; concessões como propostas de inclusão; e, principalmente, a necessidade de prevalecer... mesmo que seja prevalecer sobre outras instituições evangélicas. Mercado! Mercado proposital! Regime capitalista...
Absorvemos de tudo. Como esponja, nada mais é filtrado e a "Palavra" perdeu para a "palavra" no que diz respeito a sua relevância para o homem pós-moderno pois, a "proposta" da Palavra que é a inconformidade tem sido tragada pelo discurso politicamente correto e pela adequação do errado ao certo.
Os homens fazem de tudo em nome de Deus: Compram, vendem, endividam-se, delegam, separam-se, traem-se, atacam-se com filosofias e sofismas, usam sua "autoridade espiritual" para fazer isto ou aquilo enfim, usam o nome de Deus em vão...
O tiro no pé do movimento evangélico é esquecer-se que de nada vale auto-denominação sem testemunho. Se ser discípulo de alguém significa "pensar conforme esse alguém" e "fazer conforme esse alguém", dizer-se evangélico sem pensar e fazer conforme Cristo é distanciar-se da Sua proposta, o que descaracteriza essa relação do indivíduo com o evangelho. Cristo é o maior problema do cristianismo pós-moderno; Ele é o tendão de Aquiles para os que querem prevalecer sobre outros, que querem enriquecer a qualquer custo, que querem ter platéia, que querem ser ovacionados, que querem se relacionar numa escala piramidal, que querem ser servidos (e esses são muitos).
O Cristo dos cristãos (talvez não o dos evangélicos) é bondoso e misericordioso... Ele é líder, mas lidera com a toalha e a bacia nas mãos... Ensinou que, como pastor, trabalha pelas ovelhas e não o contrario... Não matou ninguém, mas morreu por todos, incluindo seu traidor. Apostou em todos os necessitados, prostitutas, cobradores de impostos, desajeitados sociais, inclusive apostou naqueles 12 mesmo conhecendo suas limitações e perturbações e os levou a viver a sua proposta de Reino (que era estranha a visão de reino da época).

Ser evangélico hoje não me parece em muito com a proposta de Cristo e sim, com ser apenas seguidor de algum segmento religioso e, cristianismo, como segmento religioso, se equipara a qualquer outra proposta... Quando o termo evangélico perde a credibilidade, abre espaço para que cristãos sinceros, verdadeiros seguidores de Jesus vivam suas vidas simples, sem nenhum título, sem nenhuma bandeira, mas com absoluta relevância para quem passar por nossas vidas. Que ninguém, em lugar nenhum cruze nosso caminho sem perceber as marcas de Cristo em nós. Que sejamos individualmente a cópia do Cristo das Escrituras..

Igreja cheia de si mesma e vazia de Deus

Profeticamente falando, a igreja hodierna, que tem riqueza, teologia, e é conhecida como igreja histórica, não tem Cristo como seu centro. A exemplo, temos a igreja de Laodicéia, de Ap. 3.14-21, que na sequência das cartas, era a última, e como sabemos, somos a igreja da última hora. Laodicéia significa "governo do povo", e sugere uma igreja democrática que não segue mais seus líderes espirituais ou a autoridade da palavra de Deus. Nem fria nem quente, foi o triste diagnóstico dado pelo Cristo glorificado. Uma curiosidade é que no caso de Laodiceia, Jesus não lhe acusa ou censura por causa de pecados cometidos, como nas outras igrejas, que sempre havia alguma motivação, havia uma situação envolvida. Você já se perguntou: "qual o pecado de Laodiceia?" Jesus não a censurou por causa de pecados, então qual foi o erro de Laodiceia? Fazendo um comparativo com o hoje, constata-se uma situação bem similar com aqueles antepassados. Nossas igrejas estão indo bem, obrigado, o trabalho missionário, idem, os cultos, pregações, sermões, dízimos e ofertas, bem, obrigado outra vez... e ficamos a nos perguntar: será que estamos parecidos com Laodiceia? O mais curioso e estarrecedor é que Laodiceia tinha tudo isso, ao ponto de dizer que não necessitava de nada, que tava rica, abastada, mas a pessoa mais importante dessa igreja, que não podia faltar, tava nada menos que do lado de fora: Cristo! Isso mesmo, fora. Ela tinha tudo, fazia tudo de uma igreja, mas não tinha Cristo. Ou seja, o pecado de Laodiceia era um estado de letargia espiritual, falta  entusiasmo, engano com as coisas do mundo e, talvez um nariz empinado como nenhuma outra. Fazendo o paralelo, estamos bem parecidos com Laodiceia, não? Será que, ao dizermos que o trabalho do Senhor estar de vento em popa, uma teologia impecável, ótimos pregadores, etc, não estamos sentindo falta do dono da igreja, que o lugar dele tá ocupado por outro? A primazia, que é exclusiva dele, ja não dispensamos a outro? Não estamos em melhor situação que Laodiceia, aquela igreja que olhava-se no espelho e dava nota dez pra si mesma. O Cristo histórico e eterno, foi substituído pelos cristos modernos, chamativos, que nos alegram, e até nos esbofeteiam e nos saqueiam a humildade, a paixão pela verdade, abnegação, e nos transformam em crentes "mais ou menos", arrogantes, vaidosos, glutões e auto-suficientes, incapazes de reconhecer nossa própria miséria, nudez, cegueira e desgraça pessoal. "Eis que estou à porta e bato..." (Ap. 3.20). A interpretação básica aqui, é o Cristo do lado de fora da igreja indiferente. O bater de Cristo precisa incomodar a igreja, para um real despertamento, de tal forma que Ele ocupe o lugar de onde nunca deveríamos tê-lo tirado. Amém!

Falta-te uma coisa!

Jesus nos amou tanto ao ponto de morrer por nós, e esse amor é o suficiente para Ele falar francamente conosco. Vemos isso estampado na face de cada um de nos quando lemos a passagem do jovem rico que veio perguntar ao Mestre o que era necessário fazer para herdar a vida eterna. Isso nos dar uma prova cabal de que o amor de Jesus não era superficial, e se assim fosse ele simplesmente nos aprovaria, e seríamos mais um no seu grupo. Porém, como seu amor é completo e puro, isento de interesses excursos, fala-nos olhando nos olhos e apresenta desafios que podem mudar radicalmente nossa existência e desafios que desembocam na eternidade. O amor do Mestre é intransitavelmente completo por cada uma de suas criaturinhas carentes! O fato de Deus nos amar e querer nossa total independência do pecado (apesar de vivermos aqui diante dele e sujeito a ele), ele não esconde de nos a verdade, e as vezes nos dar conselhos difíceis. Neste, na passagem de Marcos 10.17-31, o pobre homem, obcecado e apegado densamente às suas riquezas, não tinha um espaço mínimo para o mestre em seu coração, pois as prerrogativas eram de MAMON! O que é fato é que é difícil (mas não impossível), um rico entrar no céu. Você sabe o por quê? Essa dificuldade dita pelo Mestre do amor se dar quando o rico tem suas necessidades físicas satisfeitas, tornando-o auto-suficiente. Você já observou que quando um rico sente-se vazio de algo ele corre e compra aquilo, procurando preencher o vazio? Mas em geral aquilo que ele procura preencher, somente Deus pode fazê-lo. A abundância e a auto-suficiência daquele moço tornaram-se um problema para ele. Isso para cada um de nos é apenas um pequeno lembrete de que, se temos tudo na terra, ainda não temos o que é mais importante: a vida eterna. A quem ou a quê você tem dado prerrogativas e colocado no topo na sua vida? O que falta na sua vida? Tudo você pode dizer que falta, mas não pode faltar Jesus. Se você tem tudo, mas não tem Jesus, você não tem nada, como aquele jovem. Mas não é o dinheiro ou bens materiais que me igualam a ele, mas tudo que ocupa o lugar de Deus e O colocam longe de nossa vida. Quando pensamos que temos tudo, olhemos pra dentro do nosso coração e perguntemos se o lugar de Jesus em nós é mesmo somente Dele, porque, aí sim, temos tudo que precisamos. A bíblia nos exorta: "Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e as demais coisas serão acrescentadas". Que ele te abençoe.

Nem para direita, nem para esquerda

Esta expressão, muito comum na bíblia, nos ensina que a Palavra de Deus tem a função e poder de equilibrar todo o corpo, num sentido espiritual, daqueles que confiam no Senhor. Como um malabarista andando sobre a corda, precisa ter uma vara segurada perpendicular ao seu corpo, bem no meio dela, a fim de não pender nem pra um lado nem para o outro. Isso ilustra o esquema de Deus na vida dos seus para que estes bem se conduzam, e se portem de modo prudente. Muitas pessoas pensam que o sucesso e a prosperidade são decorrentes do poder, fama ou bens materiais em suas diversidades, ou ainda o correr atrás de mais e mais coisas. Estas estratégias empregadas pelo mundo são enganosas. Siga as palavras de Deus ditas a Josué: “Não se aparte da tua boca o livro desta Lei: antes, medita nele dia e noite” (Js.1.7), e tu serás uma benção aos olhos Dele, mesmo não sendo aos olhos do mundo. O sábio Salomão diz em Pv. 4.21: “Não as deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-as no meio do teu coração”. Aqui fica clara a necessidade da perseguição e a fixação de um propósito para a vida do cristão. Ela, (a palavra) deve ser o centro de tudo que tenho e sou. Nós estamos no centro de atenções diversas, e na mesma passagem de Pv. 4.21ss, Salomão chama a atenção para os nossos sentidos e membros do corpo, boca, olhos, mãos e pés estarem preparados e aguçados e estarem operantes ao que nos estar proposto, ou seja, para andarmos de modo digno de sermos portadores do caráter do Senhor. Se meus desejos estiverem de acordo com a vontade do Senhor, tenho certeza que estou no caminho certo. Não siga tudo que vê, mas olhe para frente, mantendo-o firme e fixo no alvo a ser alcançado. Esse fixar deve ser de tal forma que não lhe permita desviar para o pecado. Sabe por quê? Você vai sempre ter oportunidade e tempo pra fazer o que deseja e aprecia, e nem tudo isso é conveniente ou apropriado. Então confie naquele que prometeu porque ele é fiel para guardar-te em cada passo que der. A bíblia diz ainda em Sl. 119.105: Lâmpada para meus pés é a tua palavra, e luz para meu caminho”. Quem quer andar direito tem que saber onde pisa. E para isso ser possível, a lâmpada, que é a Palavra de Deus, iluminará todo teu percurso. Deus o abençoe.

Portadores da luz

Os Salmos são o livro dos cânticos do povo de Israel. Eles revelam os diversos momentos porque passava o povo da promessa, como cânticos de agradecimentos, vitórias alcançadas, ações de graças, pedido de ajuda na guerra, socorro nas lutas, etc. Resumindo, o livro mostra como andarmos diante de Deus, ao passo, por exemplo, que o livro de Provérbios nos ensina como andarmos diante dos homens. O versículo em apreço é o do salmo 119.105, “Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho”, conhecidíssimo de muitos cristãos. Todo o Salmo 119 é uma exaltação e elogio à lei do Senhor e à Sabedoria do Altíssimo dada gratuitamente ao Seu povo querido. A metáfora aqui é a lâmpada, em comparação à palavra de Deus, que tudo denuncia e ilumina. O Senhor exorta-nos que estejamos sempre escudados nela, pois protege e ampara em todo o nosso trajeto rumo à eternidade. Como estar a lâmpada da sua vida? Tem reserva pra estar sempre brilhante e luminosa? Tem servido de guia pra outros? A meditação na Bíblia, na sua mensagem, o agarrar-se às suas verdades são meios de sermos luz e podermos iluminar a outros que estão vacilantes pelo caminho. Nesta vida caminhamos pelo denso pântano do mal. Ninguém consegue andar na escuridão, e essa é a situação de todos os que não conhecem a Deus. Nunca uma geração esteve tão longe de Deus como a dos nossos dias atuais, apesar de uma disseminação do evangelho nunca vista na história da igreja. A luz oferecida a um mundo perdido nunca teve tão franca, tão acessível, tão perto. Aquele que disse: “Haja luz”, nunca espalhou com tanta abundância no Seu terreno a semente do conhecimento, e este terreno nunca foi tão hostil e ingrato a Ele, antes, produzindo abrolhos e acumulando ira sobre si mesmo; nunca ofuscou tanto os olhos dos homens, e estes, tão indiferentes ao Seu brilho. Muitas (pessoas e nações), procuram paz e tranquilidade no levantar de uma bandeira branca… ledo engano! Paz não é uma bandeira branca levantada, mas uma alma limpa e iluminada pela potente e infalível Palavra do Senhor. A você que é sensato, estude a Bíblia, ela te revelará o emaranhado das raízes dos falsos valores e filosofias, e então enxergarás o caminho certo onde deve permanecer e trilhar. Deus o abençoe!

terça-feira, 17 de maio de 2016

Haveria coisa impossível ao Senhor?

A resposta mais óbvia é: Certamente que não! Esta interrogação foi feita pelo Senhor quando conversava com Abraão, ao lhe prometer o herdeiro Isaque. Essa pergunta revela muito sobre Deus. O que o Grande Deus tem sido para nós, como Sua igreja? Será que não deveríamos nos perguntar todos os dias: meu problema é tão grande assim que Deus não resolva? Minha batalha vai ser perdida sem que Ele possa fazer algo? Quando Jesus compara nossa fé a um grão de mostarda, ficamos sabendo que temos um Deus tão poderoso quanto o é a nossa fé. Esclareço que a falta de fé em Deus não O diminui, pois me refiro àqueles que desfrutam das bênçãos pela fé e àqueles que não recebem por não ter fé. Deus sem nós continua sendo Deus. Jesus ainda falou de vários níveis e tamanho de fé durante seu ministério terreno: fé grande, pequena fé, muita fé, pouca fé, sem fé… todos revelando a situação do portador de cada uma. Você se enquadra em alguns desses quesitos acima? Entretanto, a bíblia fala dos portadores da fé da nova aliança de um modo muito incomum: os ricos na fé. Tiago, o apóstolo da fé prática escreveu: “Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do reino eque ele prometeu aos que o amam?” (Tiago 2.5). Por que falei que esse nível de fé é incomum? Porque é o nível de fé da igreja, os que vivem pela fé, que creem no sobrenatural. Não vivemos mais de sombra, mas da realidade, que é Cristo. Você sabia que é um rico na fé? Ou que pode ser um deles? A fé não muda com o passar do tempo, ela é a mesma, entretanto aqui é feita a ênfase sobre os portadores da mesma na era da igreja. Deus chamou os pobres (de espírito) desse mundo, e não os seres celestiais para serem ricos na fé! Isso inclui eu e você! Abraão é um protótipo de todos aqueles que viriam a crê no Senhor futuramente. E temos alguma vantagem sobre Abraão? Eu não diria vantagem, mas privilégio, visto que o nosso pai da fé não viu o Salvador pessoalmente, mas dispunha apenas de uma sombra e uma promessa, e mesmo assim, ao olharmos para a palavra de Deus, somos confrontados com grandes lições que o velho patriarca nos ensina concernente a sua fé. Então, qual o tamanho do Deus que você serve? Ele pode tudo? Ele é maior que suas dificuldades? Deus quer ser amigo de cada um dos seus. Não só no sentido de conhecermos e Ele e Seus grandes feitos, de contarmos testemunhos do que vimos e declarar que cremos, mas acima de tudo de sermos agentes ativos junto a ele. Termos nossas próprias experiências no conhecimento e serviço que Lhe prestamos, como fez Abrão. A fé é um tesouro sem preço, muto caro. Cultive-a, e seja um rico para a glória de Deus. Nada é impossível a Ele. Amém!

A meta a ser atingida é Cristo

Em Hb. 12.1-2 encontramos uma das grandes e eloquentes passagens do Novo Testamento. Aqui vemos um sumário quase perfeito da vida cristã. Neste ponto o autor faz uma transição do ensino das doutrinas à prática das mesmas. Da pregação para o viver o que se prega. Doutrina e ética devem andar juntas.
Todo e qualquer empreendimento exige um projeto, ou todo o trabalho que se emprega estará fadado ao fracasso.

Primeiro, precisamos traçar a meta: você tem estabelecido sua meta? É fundamental planejar, mas também agir. Para isso, percorra a estrada principal que lhe estar proposta, não sejamos como vagabundos procurando atalhos. A meta é nada menos que Cristo, a presença de Cristo. Segundo, o cristão precisa também de uma inspiração para essa corrida: aqueles que compõem a nuvem de testemunhas são os que venceram no passado e lá estão na galeria dos heróis da fé, dando força aos que estão correndo agora. Qual sua inspiração pra vencer? Somos corredores num estádio lotado de pessoas, e os que estão nos assistindo são os que já venceram. Quando você pensar em desistir, pense no que eles passaram pra estarem ali. E é para isso que eles estão lá registrados. Terceiro, tem também o obstáculo, outro oponente. Os entraves dos nossos próprios pecados  são os inimigos próximos contra os quais precisamos lutar e vencer. Se queremos ir longe, devemos ir leves, livres de todo peso que nos atrasa, e você quer se atrasar? Descarte maus hábitos, prazeres, manias, tudo que nos arrasta para baixo. Em quarto lugar vem o exemplo maior a ser seguido: Jesus. Ele abriu mão da glória celestial e abraçou a ignomínia da cruz. O máximo de um exemplo. Quinto, o meio para atingir o objetivo. Não se chega a um lugar almejado de qualquer jeito. Aí precisa ter a paciência, mas uma paciência que domina as coisas, não a paciência que senta e fica de braços cruzados e o desânimo toma conta do corredor. É uma determinação que não se apressa e não se exaspera. E sexto, de todos esses componentes que envolvem a corrida precisamos de uma presença importante e fundamental na nossa jornada: Jesus. Sem esse protagonista, seremos um fracasso. Ele é ao mesmo tempo a meta da nossa viagem e o companheiro da nossa marcha. Jesus  tudo fez para que pudêssemos lançar mão dele para, abandonando e ignorando tudo, nos agarrássemos à certeza de que chegaremos lá onde Ele chegou. Aleluia!