Chegou
o dia... Eu comemoro com louvor o dia em que "apresentar-se" como
evangélico não faz mais a mínima diferença.
Uma
análise sociológica séria ensina que todo movimento, quanto mais cresce, mais
plural se torna. Mais distante fica de seu ideal primeiro, original. Num país
com mais de 40 milhões de evangélicos, há aberrações de todos os tipos; pessoas
de todas as classes sociais e com os mais diversificados interesses; bizarrices
endossadas no discurso religioso; promessas que o Cristo da Bíblia nunca fez;
concessões como propostas de inclusão; e, principalmente, a necessidade de
prevalecer... mesmo que seja prevalecer sobre outras instituições evangélicas.
Mercado! Mercado proposital! Regime capitalista...
Absorvemos
de tudo. Como esponja, nada mais é filtrado e a "Palavra" perdeu para
a "palavra" no que diz respeito a sua relevância para o homem
pós-moderno pois, a "proposta" da Palavra que é a inconformidade tem
sido tragada pelo discurso politicamente correto e pela adequação do errado ao
certo.
Os
homens fazem de tudo em nome de Deus: Compram, vendem, endividam-se, delegam,
separam-se, traem-se, atacam-se com filosofias e sofismas, usam sua
"autoridade espiritual" para fazer isto ou aquilo enfim, usam o nome
de Deus em vão...
O
tiro no pé do movimento evangélico é esquecer-se que de nada vale
auto-denominação sem testemunho. Se ser discípulo de alguém significa
"pensar conforme esse alguém" e "fazer conforme esse
alguém", dizer-se evangélico sem pensar e fazer conforme Cristo é
distanciar-se da Sua proposta, o que descaracteriza essa relação do indivíduo
com o evangelho. Cristo é o maior problema do cristianismo pós-moderno; Ele é o
tendão de Aquiles para os que querem prevalecer sobre outros, que querem
enriquecer a qualquer custo, que querem ter platéia, que querem ser
ovacionados, que querem se relacionar numa escala piramidal, que querem ser
servidos (e esses são muitos).
O
Cristo dos cristãos (talvez não o dos evangélicos) é bondoso e
misericordioso... Ele é líder, mas lidera com a toalha e a bacia nas mãos...
Ensinou que, como pastor, trabalha pelas ovelhas e não o contrario... Não matou
ninguém, mas morreu por todos, incluindo seu traidor. Apostou em todos os
necessitados, prostitutas, cobradores de impostos, desajeitados sociais,
inclusive apostou naqueles 12 mesmo conhecendo suas limitações e perturbações e
os levou a viver a sua proposta de Reino (que era estranha a visão de reino da
época).
Ser
evangélico hoje não me parece em muito com a proposta de Cristo e sim, com ser
apenas seguidor de algum segmento religioso e, cristianismo, como segmento
religioso, se equipara a qualquer outra proposta... Quando o termo evangélico
perde a credibilidade, abre espaço para que cristãos sinceros, verdadeiros
seguidores de Jesus vivam suas vidas simples, sem nenhum título, sem nenhuma
bandeira, mas com absoluta relevância para quem passar por nossas vidas. Que
ninguém, em lugar nenhum cruze nosso caminho sem perceber as marcas de Cristo
em nós. Que sejamos individualmente a cópia do Cristo das Escrituras..
Amem! Triste realidade!Estamos no ápice dos tempos profetizados na biblia!
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