sexta-feira, 27 de maio de 2016

Fuja da comercialização Gospel

Chegou o dia... Eu comemoro com louvor o dia em que "apresentar-se" como evangélico não faz mais a mínima diferença.
Uma análise sociológica séria ensina que todo movimento, quanto mais cresce, mais plural se torna. Mais distante fica de seu ideal primeiro, original. Num país com mais de 40 milhões de evangélicos, há aberrações de todos os tipos; pessoas de todas as classes sociais e com os mais diversificados interesses; bizarrices endossadas no discurso religioso; promessas que o Cristo da Bíblia nunca fez; concessões como propostas de inclusão; e, principalmente, a necessidade de prevalecer... mesmo que seja prevalecer sobre outras instituições evangélicas. Mercado! Mercado proposital! Regime capitalista...
Absorvemos de tudo. Como esponja, nada mais é filtrado e a "Palavra" perdeu para a "palavra" no que diz respeito a sua relevância para o homem pós-moderno pois, a "proposta" da Palavra que é a inconformidade tem sido tragada pelo discurso politicamente correto e pela adequação do errado ao certo.
Os homens fazem de tudo em nome de Deus: Compram, vendem, endividam-se, delegam, separam-se, traem-se, atacam-se com filosofias e sofismas, usam sua "autoridade espiritual" para fazer isto ou aquilo enfim, usam o nome de Deus em vão...
O tiro no pé do movimento evangélico é esquecer-se que de nada vale auto-denominação sem testemunho. Se ser discípulo de alguém significa "pensar conforme esse alguém" e "fazer conforme esse alguém", dizer-se evangélico sem pensar e fazer conforme Cristo é distanciar-se da Sua proposta, o que descaracteriza essa relação do indivíduo com o evangelho. Cristo é o maior problema do cristianismo pós-moderno; Ele é o tendão de Aquiles para os que querem prevalecer sobre outros, que querem enriquecer a qualquer custo, que querem ter platéia, que querem ser ovacionados, que querem se relacionar numa escala piramidal, que querem ser servidos (e esses são muitos).
O Cristo dos cristãos (talvez não o dos evangélicos) é bondoso e misericordioso... Ele é líder, mas lidera com a toalha e a bacia nas mãos... Ensinou que, como pastor, trabalha pelas ovelhas e não o contrario... Não matou ninguém, mas morreu por todos, incluindo seu traidor. Apostou em todos os necessitados, prostitutas, cobradores de impostos, desajeitados sociais, inclusive apostou naqueles 12 mesmo conhecendo suas limitações e perturbações e os levou a viver a sua proposta de Reino (que era estranha a visão de reino da época).

Ser evangélico hoje não me parece em muito com a proposta de Cristo e sim, com ser apenas seguidor de algum segmento religioso e, cristianismo, como segmento religioso, se equipara a qualquer outra proposta... Quando o termo evangélico perde a credibilidade, abre espaço para que cristãos sinceros, verdadeiros seguidores de Jesus vivam suas vidas simples, sem nenhum título, sem nenhuma bandeira, mas com absoluta relevância para quem passar por nossas vidas. Que ninguém, em lugar nenhum cruze nosso caminho sem perceber as marcas de Cristo em nós. Que sejamos individualmente a cópia do Cristo das Escrituras..

Um comentário :

  1. Amem! Triste realidade!Estamos no ápice dos tempos profetizados na biblia!

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